Cientistas brasileiras defendem vida das mulheres na pandemia

Cientistas brasileiras defendem vida das mulheres na pandemia

Rede Brasileira de Mulheres Cientistas é lançada em defesa da vida das mulheres

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Cientistas brasileiras defendem vida das mulheres na pandemia

Rede Brasileira de Mulheres Cientistas é lançada em defesa da vida das mulheres

 

 

19 de abril de 2020

Cientistas brasileiras em defesa da vida das mulheres na pandemia lançaram hoje (19), através de carta aberta, a REDE BRASILEIRA DE MULHERES CIENTISTAS, para levar ao debate público os impactos e as vulnerabilidades agravadas pela crise sanitária provocada pela Covid-19, na vida de milhares de mulheres.

O Congemas apoia a iniciativa, que já conta com a assinatura de cerca de 1.500 mulheres, e foi motivada pela ingerência do Governo Federal, na negativa à ciência, pela falta de responsabilidade com a vida da população onde, hoje, como consequência, contabiliza a morte de mais de 360 mil brasileiros/as.

Segundo carta publicada no lançamento da Rede, “o agravamento das condições sociais, econômicas e psíquicas decorrentes da ausência de políticas públicas adequadas para a contenção da doença tem esgarçado o tecido social e lançado milhares de brasileiros e brasileiras à própria sorte.”.

As cientistas ressaltam, na carta, o perfil das mulheres que mais têm padecido com o cenário de desproteção: mulheres pobres, negras e moradoras de periferias são ainda mais fortemente afetadas pela pandemia, seja em função da própria crise sanitária, seja em decorrência da crise econômica, da suspensão das aulas nas escolas, da intensificação da violência doméstica, da restrição ao acesso a tratamentos de saúde ou a medidas relacionadas à saúde reprodutiva. Isso tudo somado ao racismo, à misoginia e ao sexismo, sempre presentes em suas vidas. Da mesma forma, é importante considerar a situação das mulheres cuja condição de vida é ainda mais afetada pela pandemia em razão da invisibilidade que as afeta, tais como mulheres das águas e florestas, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e quebradeiras de coco. Além disso, sabemos que de cada 10 grávidas ou puérperas que morrem em virtude da COVID-19 no mundo, 8 são do Brasil. Este fato denota uma situação de completa vulnerabilidade das mulheres diante de uma pandemia sem controle no país.”

Como proposta, a Rede considera a implementação de políticas dirigidas às mulheres em torno de seis grandes temas: Saúde, Violência, Educação, Assistência social e Segurança alimentar, Trabalho e emprego, Moradia e Mobilidade.

 

SAIBA MAIS

 

Leia carta completa lançada pela Rede Brasileira de Mulheres Cientistas

 

Lista de cientistas que assinaram a carta

 

Se você é uma mulher cientista brasileira assine a carta também, clique aqui.

 

Informações: https://mulherescientistas.org/

 

 

Por Danielle Cantanhede

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