Selo UNICEF é apresentado à Diretoria Executiva do Congemas

Selo UNICEF é apresentado à Diretoria Executiva do Congemas

UNICEF Brasil faz convite para Colegiado se tornar parceiro institucional da iniciativa

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Selo UNICEF é apresentado à Diretoria Executiva do Congemas

UNICEF Brasil faz convite para colegiado se tornar parceiro institucional da iniciativa

 

 

12 de maio de 2021

O Selo UNICEF foi apresentado à Diretoria Executiva do Congemas, na tarde desta terça-feira (11), em reunião virtual realizada por representantes do UNICEF Brasil. O Colegiado foi convidado para se tornar parceiro institucional da iniciativa e colaborar com sua implementação nos municípios.

Participaram do encontro: Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil; Liliana Chopitea, chefe da Área de Políticas Sociais do UNICEF; Dennis Larsen, coordenador do Escritório do UNICEF do Semiárido; Mário Volpi, coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes e do Selo UNICEF; Elias de Sousa Oliveira, presidente do Congemas; Valdiosmar Vieira Santos, vice-presidente; as diretoras Jane Mara Moraes (Manaus/AM),  Magali Basile (Atibaia/ SP), e Marinava Broedel (São Mateus/ES); as assessoras Jamile de Souza e Jucimeri Silveira.

Com sete edições, o Selo UNICEF é executado em municípios do Semiárido e da Amazônia Legal, onde os indicadores sociais são mais graves. Com o cenário de pandemia instalado, os impactos do Covid-19 aprofundaram ainda mais esses indicadores.

Dados apontam que 61% das famílias com crianças tiveram que lidar com queda nos rendimentos e 13% das famílias deixaram de comer em algum momento durante a pandemia, pois não tinham dinheiro. (IBOPE/UNICEF 2020)

Há registros de aumento do trabalho infantil, 1,8 milhões em 2019, e de evasão escolar, em 2020, mais de cinco milhões de crianças não tiveram acesso à educação, dado semelhante ao de 2000.

De acordo com Florence Bauer, a parceria com o Congemas é importante para conversar sobre o Selo, principalmente neste contexto de pandemia.  “O Selo é uma maneira de convidar municípios a colocar crianças e adolescentes no centro das suas políticas públicas”, define a representante do UNICEF.

O presidente do Congemas revelou “adesão líquida e certa” ao convite. Disse ser um prazer poder dialogar com o Fundo da Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e contribuir em estratégias que visem a garantia de direitos e proteção social, frente ao cenário de desproteções e emergências. “O Selo UNICEF é um instrumento importante para a retomada do diálogo de estratégias fundamentais para crianças e adolescentes.”.

Na apresentação feita pelo coordenador do programa, Mário Volpi, foram destacados os pontos fortes da iniciativa: intersetorialidade, planejamento por resultados, mobilização de adolescentes, compromisso dos profissionais, município mobilizado pela infância e resultados concretos nas vidas das crianças e adolescentes.

Segundo Volpi, municípios que adotam o Selo UNICEF como estratégia “melhoram seus resultados de desenvolvimento social mais que a média nacional. A informação pode ser confirmada nos índices de educação, saúde e proteção à criança e ao adolescente”, afirma.

Vice-presidente do Congemas e gestor municipal de Lagarto/SE, Valdiosmar Santos, foi ponto focal da estratégia no Semiárido e destacou a necessidade de um indutor do Selo para provisão alimentar básica, visando um olhar primário de acesso das famílias de crianças e adolescentes que vivem a fome, realidade de muitas crianças nordestinas.    

Volpi considerou muito pertinente as colocações do vice-presidente. “Precisamos mesmo que os parceiros falem porque, por exemplo, a redução da insegurança alimentar é mais difícil de mensurar e não será observada pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios continua) este ano”, informou o coordenador.

A profª. Jucimeri Silveira, assessora técnica do Colegiado, observou ser indispensável focalizar no papel dos Estados para assegurar a segurança alimentar e, assim, “atrair investidores através dos indicadores dos municípios”.  

Liliana Chopitea, chefe da Área de Políticas Sociais do UNICEF, contou que a organização está explorando a possibilidade de articular um cartão alimentação, a ser distribuído pelos CRAS, para atender famílias afetadas pela pandemia e proporcionar a compra de cestas básicas, ação estratégica que seria adotada pelo Fundo devido a excepcionalidade do momento. Chopitea solicitou apoio do Congemas para mapear os municípios que precisam receber a ajuda.

Durante a reunião ainda foram discutidas questões como: ampliação do Selo UNICEF para além dos municípios dos territórios atendidos atualmente; benefícios eventuais, participação dos estados no cofinanciamento; realidade do desfinanciamento para levar os serviços.

 

Por Danielle Cantanhede

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